Existem dois tipos de calor, o calor literal, esse que atualmente tem nos feito suar e trazido chuvas intensas, no final da tarde. E o calor humano, a necessidade de sentir corpo a corpo, o coração de outra pessoa pulsar. Ambos tão intensos e tão distantes em suas características, não dando rastros para que tenha julgamentos, apenas oferecendo oportunidades pra entende-los. Os instintos mais precoces se recriam nas mentes mais avançadas, cabendo-lhes apenas o serviço de ser a mão-de-obra da felicidade ou da esperança. Esperança essa, vista nos olhos daqueles que perdem tudo o que possuem de melhor, devido as consequências da própria temperatura. Temperaturas que no fim, acabam sendo mais uma vez solicitadas, para acalmar a tristeza e a dor, que só quem já sentiu, pode de fato, ajudar. Esse calor devastador que destrói a pele do pobre ser também é o alento futuro de um abraço realmente caloroso, em meio a um confuso estado de espírito frio e vazio. Em qualquer estação, com qualquer tempo, qualquer vento ou qualquer chuva, não esqueça que a maior das instabilidades é a que o próprio coração pode causar. A tempestade está dentro de você, e as suas lágrimas podem sim causar a tormenta de alguém. Abra esse Sol, sorria.
"Feliz de quem tem a quem cobrir com um abraço,
no maior dos calores chamado amor."
Texto construído em parceria com minha amiga Andreia Breiter, em memória às tragédias que assolaram nosso país.
http://andreiabreiter.blogspot.com/
