Resolvi sair da minha rotina massacrante por um dia, e cumprí-la só pela metade. Resumindo, só trabalhei, o que já é muito. Minha prestação de serviço aos humanos está sendo grande, ou pesada demais pra mim, mas sou mais um pilar nessa construção que nunca vai terminar. Pelo contrário, essa Torre de Babel chamada de humanidade logo vem ao chão, e o dinheiro vai virar um simples e imenso pó branco que vai se misturar ao concreto existente nso cérebros subdesenvolvidos de seus donos. Mas enfim, não quero massacrar momentaneamente a mente dos meus iguais. Não essa massa também chamada de eleitores. Quero crucificar (rir, no mau sentido) os infelizes políticos.
Lá pelas tantas horas do escuro, resolvi jantar. Prato, garfo, faca, copo e televisão. Sim, a televisão por aqui vem sempre antes do próprio alimento. Talvez um dia eu emagreça só pelo fato de não ter mais televisão pra comer com os olhos. Canal por canal eu via os mesmos rostos, falando as mesmas asneiras, com milésimos de intervalo. E acreditem, eles me convenceram a deixá-los jantar comigo. Precisava rir, necessitava daquela televisão ligada mais do que a comida. Compreendi o que significava canal aberto, porque realmente ali todos eles tem passe livre pra contar qualquer historinha, prometer dentaduras pra quem não pode mais rir deles, ou com eles. Prometer também fraldas pra quem tá cagando pra eles. Prometer cestas básicas pra quem tem fome de educação. O problema maior é que eu acho graça disso tudo, antes mesmo de sentir nojo, porque tenho certeza que ainda vou me revoltar nos próximos quatro anos com esses mesmos babacas. Se ao menos essas poucas promessas fossem cumpridas, mas não. Esses mesmos porcos capitalistas (esse adjetivo eu escutei em uma música, não lembro qual) daqui alguns meses serão os próximos a sentarem para jantar e rir dos palhaços pedindo comida que antes eram socialmente chamado de eleitores.
Aguentei gargalhar daquele filmizinho de terror por quinze minutos, quando percebi que minha janta era a única coisa que realmente não estava falando bobagem, já que o pedacinho de carne estava bem fritinho. Por sorte, por muita sorte mesmo eu tenho minha tal rotina destrutiva, e por azar, azar mesmo eu sou mais um palhaço que ainda não se ilude por uma dentadura porque tem dentes pra cortar a comida que ainda não provêm da esmola governamental chamada de aposentadoria. E só um detalhe, o 13° salário, tão bendito e aclamado pelos trabalhadores não passa de uma remuneração justa dos meses que contém 31 dias, ou 5 semanas. Calcule como eu, e se irrite com nosso modelo de desevolvimento TÃO desenvolvido.
E duas coisas eu afirmo: não faço a mínima idéia sobre quem vai ganhar meu voto, e também não vou votar em nenhum candidato idiota que se promove com paródias ridículas ou que distribui dinheiro e promessas pra meia dúzia de vadios levantarem bandeiras partidárias por aí. Tirem os isqueiros de perto de mim, senão queimo tudo. Inclusive meu voto.
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