sábado, 28 de agosto de 2010

Sete dias, duas roupas.

   Hoje recordei-me de um fato que me levou a nostalgia por algum tempo: a última vez que comprei roupas. Lógico que para um homem (sou homem) isso não é nada muito sufocante, já que pra maioria de nós um modelito fashion se enquadra exatamente em um Rider com meia, uma bermuda com o tal furinho na parte glútea, e sim, uma camisa branca, mas branca mesmo, que é mais fácil de lavar e de sujar.
   A parte do Rider eu vou pular, porque luxo agora é Crocs. Jacaré mais caro que esse só o com nome de Lacoste. Minhas meias se misturam em tons brancos, e só diferencio os pares pelo tamanho. Não que eu nunca tenha saído de par trocado. Tenho meia de todo tipo, desde aquelas que mal chegam ao calcanhar, e que até hoje me intrigam com relação ao seu nome, até aquelas passadas de geração para geração, com três metros de comprimento e que geralmente só se usam em casamentos pelos quais eu não vou. Minhas bermudas são um caso a parte, já que obrigo elas a terem um tempo de vida bem maior que elas próprias aguentam. As mais queridas têm até nome, de bermuda. Aliás é extremamente broxante ver alguém conversando com roupas (sim, existe).
    Subindo mais um pouco, se encontra a parte mais sexy das minhas roupas, e não são minhas cuecas. Uma pena. Sou uma das únicas pessoas que adorariam receber cuecas quadradas ou meias sem denominação (lembra que eu não sei o nome delas?). Mas enfim, chegamos às minhas camisas. Ai as minhas camisas. É a parte do meu vestuário com maior número de possibilidades e menor número de variações em meu corpo. Tenho pólos mas não tenho eventos sociais, tenho camisas de marca mas não vou em balada, tenho camisas podres mas lavo o carro raramente. O que me restam são as lindas e fofas camisas brancas, essas sim, que estão sempre ali, gritando pra dar uma voltinha (eu não falo com as roupas, elas que puxam papo) e sair do armário, num estilo Power Ranger azul.
    Tenho mais acessórios guardados do que em uso, e geralmente quando cito acessórios, remeta-se imediatamente a cores verdes-amarelas (ano de Copa poxa). Meus bonés sempre são roubados/perdidos, então desisti, com medo de ficar careca, pra não dizer que não tenho dinheiro. Nada que um bonezinho de posto não resolvesse nesse meu modelito. Agora vendi três relógios ridículos que eu tinha pra comprar um. Tive que vender três, 3, TRÊS, III relógios pra comprar só um. Baita inflação. Ah, e arranjei uma pulseirinha do Crack nem Pensar, o que me deixa horrorosamente mais bonito.
    Abri meu armário aqui, mas já aviso que não tenho nada pra ser furtado, muito menos na minha carteira anos 80. Mas o fato é, o mundo está me deixando cada vez mais pobre. Que bom.

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